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Setembro 2017

Um cearense longe de casa:Debaixo de chuva, frio e neve

Essa é a melhor época para se passar férias nas praias do Nordeste. No Ceará, elas não fecham no inverno. Não levei em consideração essa informação e fui bater na Flórida, justamente no período quente e úmido. O verão de maio a outubro é a época da chuva e dos furacões. A mesma coisa no Caribe. Em 1992 sai de Brasília com a Edilma, Rangel Cavalcanti e Celina. Ao desembarcar em Miami demos de cara com o Andrew. A tormenta atingiu a categoria 5, a mais alta intensidade. Com ventos de 280 quilômetros por hora, deixou mais de 60 mortos e devastou vasta região do território americano;.

O  hotel  do  nosso  amigo  Clodomir  Girão,  na Collins Avenue,estava vazio, cercado de escombros. Furacão acabara de passar deixando casas destruídas, a cidade sem energia, barcos e aviões jogados nas pistas. Uma das janelas do hotel Fontainebleau, na Collins, arrebentou e o vento forte varreu todo um andar, moendo tudo feito liquidificador. Downtown, centro comercial da cidade,na época a região mais procurada pelos turistas, foi invadido por marginais que faziam arrastões tomando tudo de todo mundo. Um Deus nos acuda.

Um ano depois, lá estamos de novo no mesmo hotel, com a Edilma e em companhia do Rodolfo Espínola, da Nildinha e dos nossos filhos. O alerta de novo furacão nos levou ao supermercado em busca de lanternas, velas, água e alimento. Pregamos madeiras nas portas e janelas. Escapamos em meio ao sufoco.

Em janeiro de 1996 estávamos em Nova Iorque quan- do fomos surpreendidos por uma nevasca. Dizem que foi a maior tempestade de neve em toda a história de NY. Depois de passar o Ano Novo na cidade decididos partir para Miami. A minha filha, Flávia, resolve seguir para o Canadá para visitar uma amiga, a Paloma. De manhã, o tempo começa a mudar, chuva fina. Deixamos a Edilma fechando as malas e eu e o Fábio, meu filho, fomos levar a Flávia até um ônibus que seguiria para o país vizinho, Pedi que assim que chegasse ao Canadá telefonasse para uma amiga nossa em Miami dando notícias. Ela chegou e nós não. Enquanto ela seguia de ônibus , fomos para o  aeroporto,  onde  encontramos  o  jornalista  Gilberto Amaral que acabara de saber que estava chegando a nevasca. Estava terminando de despachar as malas. Ele conseguiu voltar pra cidade, mas nós ficamos três dias no aeroporto. Estavam nessa viagem Edilma, Fábio e eu, a Graça e o Gerson Matos com os três, a Aglaé e o Guilherme, filho dela, e a Rafaela, filha do Ar - mando Cardoso. De repente , os carros que estavam no estacionamento sumiram debaixo da neve. A Air France cedeu gentilmente sua sala Vip para nos abri- gar, mas alguns brasileiros que iriam no mesmo vôo comeram e beberam todo o estoque da companhia francesa,sujando  tudo.  Fomos  convidados  a  nos retirar e passamos dois dias no salão de embarque dormindo sentados ou no chão. Sem comida, fomos socorridos por um trator que venceu a neve para nos levar sopa, gentileza do Bill Clinton, brincávamos. Quando finalmente conseguimos chegar a Miami, pegamos todas as roupas de frio e chuva guardamos no hotel, alugamos duas vans e partimos para Or- lando. Lá, o frio estava intenso e chovia. Tivemos que  comprar  capas  para  nos  proteger. As  únicas que encontramos, e numa liquidação, eram azuis e vermelhas com motivos alusivos ao Mickey Mouse e à Minie. Quer dizer, pagamos o maior “mickey”.

(*) Wilson Ibiapina (Ibiapina) jornalista e escritor

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Wilson Ibiapina
Jornalista

                                            


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Cearês

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Um cearense longe de casa:Debaixo de chuva, frio e neve

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Capado, mas muito macho

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Capado, mas muito macho

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A praça é do povo como o céu é do Condor

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Rui Diniz, um português bem brasileiro

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Lembrando Tarcísio Tavares

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A cidade de Ibiapina está sendo tombada

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Gente que nunca morreu nem tem inveja de quem morre

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Você ainda tem vergonha de pedir uma cachaça?

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