Boa madrugada, sábado, 12 de Outubro de 2024
Casa do Ceará

Imprima




Ouça aqui o Hino do Estado do Ceará



Instituições Parceiras


































:: Jornal Ceará em Brasília


::Odontoclínica
Untitled Document

Agosto 2013

As citações que marcam o cotidiano de Osvaldo Quinsan

Aos 93 anos, Osvaldo Quinsan conserva suas boas práticas. Sai de casa cedo para tomar café com os amigos e, comentar as notícias do dia. Há décadas segue seu caminho. Na Praliné, na Brunisia, no biscoito Mineiro, no Marzuck. Sempre com uma esferográfica no bolso. Quando quer explicitar o que pensa saca a caneta e pega um guardanapo. Tem um traço que desequilibra: odeia a burrice, ”a pior coisa do gênero humano”. Mas tem um filho e uma atividade caseira: suportar a gralha de seus papagaios e pintar traços geométricos, linhas paralelas ou cruzadas em direção ao infinito nas cores azul, verde e vermelha, com diferentes tons. Pincéis, tintas e telas amenizam o viver austero a que se impôs.

Morou 32 anos no Rio de Janeiro. Durante algum tempo na ladeira da Glória, ao lado do hotel do mesmo nome. Chegou a Brasília em 1974 e não saiu mais. Já são 39 anos. Esteve no núcleo do poder como figurante. Trabalhou na Secretaria de Imprensa da PR, no governo Geisel. Orgulha-se de ter contribuído para a criação do Parque da Cidade.

Humanista carrega uma vasta cultura, resultado de leituras seletivas de autores que célebres e densos, como Schopenhauer, Pitigrili, Eça de Queiroz.

Carrega uma seleta de citações, que são encaixadas nos assuntos objeto de bate papos matinais nos almoços com os amigos, com precisão cirúrgica, mordacidade, conveniência e irreverência. É fiel à sua mente e à sua história.

De Schopenhauer: “Ninguém é digno de inveja. Todos somos dignos de pena”. Outra: “Enquanto os néscios procuram o prazer, os sábios evitam a dor”.

De Eça de Queiroz: “A vida é feita de desapontamentos”

De Pitigrili: “Sondar ou pesquisar o passado da mulher que amamos é tão imprudente quanto visitar a cozinha de um restaurante antes da refeição”. Outra: “Eram mais do que inimigos. Eram irmãos”.

De Quinsan: “as virgens namoram com um e flertam com todos”. Outra: “A nossa vida é uma sucessão de acasos”. Mais uma: “O adultério tem salvado muitos casamentos”. Mais outra: O “sexo noturno deve ser restrito a maridos e operários”.

Leu toda a obra de Eça, 27 livros. Conhece tudo de seus personagens.

Leu toda a obra de Machado de Assis, Joaquim Manuel de Macedo, Julio Ribeiro, Humberto de Campos, Nelson Rodrigues, Aluísio de Azevedo e Fernando Sabino. Gostou muito do livro de Medeiros Albuquerque, “Quando eu era vivo”, memórias póstumas, por motivos óbvios, já que relatou tudo sobre as mulheres que seduziu e conquistou. Tinha uma tática de conquista: despachava um amigo para namorar as empregadas das mulheres que pretendia. O cidadão recolhia o máximo de informações e repassava para ele. Convidava a mulher a ir ao seu escritório para tratar de assuntos de seu interesse e lá, em lances de aparente para-normalidade, relatava tudo que sabia sobre ela. Dessa forma dormiu com quem quis. Na época, uma tática.

Em 1941, Osvaldo Quinsan fora convocado para o 6º. RI de Caçapava, SP, Passou a cabo em 1º. lugar no concurso com 200 soldados.

Seus irmãos lá serviram Italo e Gilberto Quinsan. acabaram na FEB na Itália, depois que fizeram curso de sargento. Osvaldo Quinsan escapou porque não era artilheiro, mas datilógrafo da Casa das Ordens.

Em 1942, chegou ao 6º. RI, de Caçapava, solicitação do general Pedro Aurelio de Gois Monteiro, chefe do Estado Maior do Exército, no Rio de Janeiro, solicitando um cabo datilógrafo para trabalhar na organização da Força Expedicionária Brasileira. Foi indicado pelo comandante, capitão Bonorino, e desembarcou na 1ª. secção, ao lado do general Henrique Lott, subchefe do EME.No Rio, fez curso de 1º. sargento no Batalhão da Guarda Presidencial na rua dom Pedro I, em São Cristovão, cujo comandante era o cel Buck Jones. TIrou o 1º. Lugar Passou a trabalhar no Estado Maior das Forças Armadas-EMFA, na 3ª. secção. Lá ficou por 16 anos, saindo como 2º. Sargento sendo nomeado pelo Presidente Eurico Gaspar Dutra Tesoureiro Auxiliar do Ministério da Fazenda.

Enquanto servia no EMFA, na Praia Vermelha, de dia, Quinsan deu curso ao seu projeto acadêmico, à noite, tendo estudado Administração Pública no antigo Departamento Administrativo do Serviço Público- DASP, que funcionava no edifício Andorinhas, no Castelo. entre outros, com Wagner Estelita Campos, embaixador Joao Augusto de Araujo Castro, Afonso Arinos de Melo Franco, Aliomar Baleeiro, Belmiro Siqueira e Alberto Guerreiro Ramos. Depois do DASP, Quinsan fez a Escola Superior de Guerra, a “Sorbonne”, em 1962, e dois cursos nos Estados Unidos sobre filosofia da tributação federal e evolução da administração econômica. Com conhecimento de gestão pública, capacitou-se junto a Castello para o desempenho das missões que recebera no Ministério da Fazenda: administrar a Receita Federal e levar a Casa da Moeda a imprimir o nosso dinheiro.

JB Serra e Gurgel (Acopiara), jornalista e escritor.

Untitled Document

JB Serra e Gurgel
Jornalista e Escritor
http://www.cruiser.com.br/girias
gurgel@cruiser.com.br


:: Outras edições ::

> 2017

– Outubro
Como os cearenses vem os cearenses nativos e forasteiros

– Setembro
Ascensão e queda de Cleto Meireles: Colmeia, Haspa e Cidade Ocidental

– Julho
Para a Forbes, o Califa Abu Bakral Bagdadi é a 57ª pessoa mais poderosa do mundo

> 2016

– Setembro
Sou brasileiro com muito orgulho e com muito amor

> 2015

– Novembro
Para a Forbes, o Califa Abu Bakral Bagdadi é a 57ª pessoa mais poderosa do mundo

– Outubro
Um cavaleiro andante que caminhou entre aforismos e citações

– Setembro
Por uma claraboia no meio do Salão Nobre do Palácio da Abolição

– Agosto
As cem edições do Jornal da Gíria. Um marco no mundo gírio

> 2014

– Setembro
Acopiara : “Meton, notas de uma vida”, uma trajetória e um exemplo

– Agosto
O Ceará poderia ter tido mais um presidente: Juarez Távora

– Julho
Sou brasileiro com muito orgulho e com muito amor

– Junho
Dionísia aumentou a presença de Acopiara na Siqueira Gurgel

– Maio
Estão querendo Revogar a lei do morro: não sei, não vi, não conheço

– Abril
Faça como o velho marinheiro...

– Março
Tereza Aragão Serra, uma lenda quase esquecida em Tauá

– Fevereiro
José de Alencar e a língua portuguesa

– Janeiro
Moreira de Acopiara - o poeta popular de Diadema/SP

 

> 2013

– Dezembro
A presença dos Cearenses na população de Brasília

– Novembro
O cearense que escolheu o local para implantação de Brasília

– Outubro
Acopiara – Tia Nenem uma guerreira entre os Guilherme

– Agosto
As citações que marcam o cotidiano de Osvaldo Quinsan

– Julho
O último apito do trem que passava por Acopiara

– Junho
Dionísia aumentou a presença de Acopiara na Siqueira Gurgel

– Maio
Estão querendo Revogar a lei do morro: não sei, não vi, não conheço

– Abril
Faça como o velho marinheiro...

– Maro
Tereza Aragão Serra, uma lenda quase esquecida em Tauá

– Fevereiro
José de Alencar e a língua portuguesa

– Janeiro
Moreira de Acopiara - o poeta popular de Diadema/SP

> 2012

–Dezembro
O acopiarense Vicente dos dez mares e oceanos

–Novembro
A presença de marranos e ciganos no Ceará

–Outubro
No modo de dizer dos italianos, as raízes de expressões brasileiras

–Setembro
Nobreza Cearense: Barões e viscondes não assinalados

–Agosto
A linguagem de Paco, regional e universal

–Julho
As armas e os barões assinalados

–Junho
Acopiara - Eita Brazilzão sem porteira

–Maio
Acopiara - Nertan Holanda Gurgel. Auto retrato de um homem simples

–Abril
José Alves de Oliveira: “árvore velha não se muda”

– Maro
A gíria presente na obra de Eça de Queiroz II

– Fevereiro
Miguel Galdino - uma vida pelas justas causas

– Janeiro
História do Ceará de todos nós, presentes e ausentes

> 2011

– Dezembro
A gíria ou o calão presente na obra de Eça de Queiroz

– Novembro
A gíria ou o calão presente na obra de Eça de Queiroz
Setembro
Como o Ceará libertou seus 30 mil escravos
Agosto
Manoel Edmilson Teixeira um homem simples e de bem
Julho
Acopiara - Apelidos e o que não falta
Junho
Acopiara -Zé Marques Filho, uma referencia de respeito
Maio
Os cearenses do Rio de Janeiro
Janeiro
Acopiara - não é só mineiro que é desconfiado

> 2010

Dezembro
Acopiara – os brasileiros reclamam de que mesmo?
Novembro
Marcas da presença do Ceará na Guerra do Paraguai
Outubro
Como o Brasil começou a fabricar seu papel moeda
Junho
Um cearense acima de qualquer suspeita
Maio
Acopiara – O centenário de Alcebíades da Silva Jacome
Abril
Acopiara e o Seminário do Crato
Fevereiro
A queda de braço entre o Presidente Castello Branco e seu irmão Lauro

> 2009

Dezembro
Os desencontros entre José de Alencar e dom Pedro II
Novembro
Tem uma Teresa que foi a 1ª. mulher cearense a ser delegada da mulher em Brasília
Outubro
Acopiara - Dom Newton 60 anos de padre, 30 anos de bispo
Agosto
Acopiara - O passado é um pais estrangeiro
Julho
Futebol cearense atravessa mau momento
Junho
Acopiara – O Estrago da Crise Global
Maio
Meu avô – Henrique Gurgel do Amaral Valente II
Abril
Acopiara - Reverência aos nossos heróis anônimos
Fevereiro
Acopiara vista à distancia, em cruzeiro
Janeiro
Chico Sobrinho o lder do cl que far 20 anos de poder em Acopiara

> 2008

Dezembro
- Acopiara comemorou cinco centenrios em 2008
Novembro
- Acopiara – os 50 anos do padre Crisares.
Outubro
-Acopiara como nos despedimos dos que se foram
Setembro
-Acopiara – Mazinho e Erosimar, os empreendedores
Agosto
-Acopiara – Ezequiel partiu e deixou saudade
Julho
- Acopiara - Meu av, Henrique Gurgel do Amaral Valente
Junho
- As mães que povoaram Acopiar
Maio
- Chico Guilherme, a hora e a vez do Coronel




:: Veja Também ::

Blog do Ayrton Rocha
Blog do Edmilson Caminha
Blog do Presidente
Humor Negro & Branco Humor
Fernando Gurgel Filho
JB Serra e Gurgel
José Colombo de Souza Filho
José Jezer de Oliveira
Luciano Barreira
Lustosa da Costa
Regina Stella
Wilson Ibiapina
















SGAN Quadra 910 Conjunto F Asa Norte | Brasília-DF | CEP 70.790-100 | Fone: 3533-3800 | Whatsapp 61 995643484
E-mail: casadoceara@casadoceara.org.br
- Copyright@ - 2006/2007 - CASA DO CEARÁ EM BRASÍLIA -